Categoria: Saúde

setembro 18, 2024 por Sorella Contente 0 Comentários

Crianças e bebês também tem acesso a Planos de Saúde

Bebês, desde os primeiros dias de vida, podem usufruir de coberturas de saúde.

Com a intenção de promover cuidados desde os primeiros momentos, bebês e crianças têm a oportunidade de acessar planos de saúde e realizar acompanhamento médico preventivo. Os pais estão, cada vez, mais comprometidos em proporcionar conforto e segurança para seus filhos. De acordo com a Lei 9656/98, é garantido que recém-nascidos sejam incluídos no plano de saúde dos pais ou responsáveis legais dentro de até 30 dias após o nascimento.

O empresário Manoel Alexandre de Oliveira, CEO da Ligamar Seguros, destaca a importância dessa legislação brasileira na hora de escolher a operadora mais adequada para a contratação do plano de saúde da criança. “Caso a adesão não ocorra no prazo de 30 dias após o nascimento, o bebê precisará cumprir uma carência de seis meses para ser atendido pelo convênio médico”, ressalta. Esse período pode variar conforme a operadora e o plano escolhido.

A solicitação de um plano de saúde para recém-nascidos está disponível na maioria das operadoras, abrangendo tanto planos regionais quanto nacionais. Para facilitar a adesão, basta entrar em contato com a Ligamar Seguros. “É necessário apresentar documentos como CPF e RG do responsável e a certidão de nascimento do beneficiário”, explica Manoel Alexandre.

Sobre a Ligamar Seguros

A Ligamar Seguros é uma corretora especializada em planos de saúde e seguros de vida, comprometida em oferecer as melhores operadoras do país. Com uma rede credenciada altamente capacitada, a empresa garante um atendimento eficaz e suporte pós-venda de qualidade, assegurando uma experiência satisfatória para seus clientes ao utilizarem seus seguros.

Serviço:

Conheça os diferenciais https://www.ligamarseguros.com/

Tel: 61. 3434-8008

junho 2, 2024 por Sorella Contente 0 Comentários

Dia Mundial da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil: Brasil pode ocupar o quinto lugar em ranking mundial

Especialista alerta para os riscos que vão além obesidade

Esta segunda-feira (3/6) é marcada pelo Dia Mundial da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil. A data tem o intuito de alertar a população sobre os riscos e cuidados necessários para o combate ao sobrepeso em crianças e adolescentes.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) relatam que, em todo o mundo, a população com obesidade, na faixa etária entre cinco e 19 anos, aumentou dez vezes na última década. Se nada for feito, estima-se que a prevalência chegue a 254 milhões de crianças e adolescentes em 2030. Nesse mesmo ano, a perspectiva é que o Brasil ocupe o quinto lugar neste ranking.

“Para as crianças, a obesidade traz uma série de problemas cognitivos a curto prazo, como baixo desempenho na escola, falta de atenção, má qualidade do sono, bullying e depressão. No decorrer da vida, elas tendem a ser adultos obesos e a desenvolver doenças articulares, diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e outras doenças crônicas”, alerta a Dra Maylla Moura Cabral, endocrinologista pediátrica da Atma Soma.

De acordo com ela, é de extrema importância o acompanhamento regular com o pediatra para identificar precocemente o excesso de peso, receber orientações de hábitos saudáveis e tratamento adequado. 

“É imprescindível estabelecer uma rotina de atividade física consistente, alimentação equilibrada, sono saudável, uso consciente dos dispositivos eletrônicos e acompanhamento multidisciplinar”, recomenda.


Sobre a Atma Soma

Liderada pela endocrinologista Alessandra Rascovski, a Atma Soma tem foco na prática da medicina de soma, unindo várias especialidades em prol dos pacientes, respeitando a sua individualidade e oferecendo a ele uma vida longa e autônoma.

A clínica conta com um time de médicos e profissionais assistenciais de diversas áreas como endocrinologia, urologia, ginecologia, nutrição, gastroenterologia, geriatria, dermatologia, estética, medicina oriental e ayurveda, com olhar dedicado à prática do cuidado focado no eixo neurocognitivo, metabólico e hormonal.

fevereiro 20, 2024 por Sorella Contente 0 Comentários

Congelamento de óvulos: especialista explica o passo a passo do procedimento

Congelamento de óvulos é opção para quem deseja planejar a maternidade sem depender exclusivamente do relógio biológico; Especialista explica como é feito o passo a passo do procedimento realizado em clínicas de reprodução assistida especializadas

O congelamento de óvulos é uma técnica indicada, em especial, para mulheres que desejam postergar a maternidade por motivos pessoais, seja ele relacionado à carreira, ao planejamento familiar de longo prazo ou ainda por questões relacionadas à saúde. Há também aquelas que aguardam a chegada do parceiro ideal para, então, formar uma família. Isso é o que mostra, inclusive, um levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De acordo com os dados, as mulheres têm engravidado cada vez mais tarde no Brasil. Para se ter ideia, nos últimos 10 anos, o aumento de gestação na faixa etária que vai dos 35 aos 39 anos foi de 63%, em contrapartida, a taxa de nascimentos entre mães com até 19 anos caiu 23% no mesmo período. Frente a esse cenário, o congelamento de óvulos se tornou uma opção real para quem pretende engravidar depois dos 35 anos, conforme explica a Dra. Larissa Matsumoto, especialista em Reprodução Assistida da Vida Bem Vinda, unidade do FERTGROUP.

“Nós recomendamos que a consulta com um especialista em reprodução assistida entre no check-up da mulher até os 30 anos de idade, para que se faça uma avaliação da sua reserva ovariana e avaliar a possibilidade de congelamento dos óvulos, especialmente quando já possuem histórico na família de menopausa precoce, ou se possuem endometriose, por exemplo, que podem reduzir a reserva ovariana de forma mais acelerada. Porém, na maioria das vezes, as pacientes já chegam na clínica com mais de 35 anos, quando já houve uma perda muito acentuada de óvulos”.

Essa necessidade de atenção ao tempo, vale lembrar, é justificada na literatura médica, pois a fertilidade da mulher está intimamente relacionada à idade. “Isso porque as mulheres nascem com cerca de dois milhões de óvulos, que vão diminuindo ao longo do tempo. Sabemos que aos 37 anos, já perdemos 90% dos nossos óvulos. Os homens, que produzem espermatozoides a vida inteira, mas perdem em qualidade”, pontua Larissa Matsumoto.

Por esse motivo, mesmo que a gestação seja um plano futuro ou ainda inexistente, é importante que hajam alternativas posteriores, conforme o desejo da mulher. “Quando há muita espera na tomada de decisão da gestação, e não é realizado um planejamento, as chances de sucesso dos tratamentos de fertilidade podem ser menores, pois além da quantidade, a qualidade desses óvulos também, é afetada com o tempo. Perdemos a capacidade de produzirmos embriões com potencial de gerar a gravidez”, alerta a médica.

Contudo, é importante ressaltar que, embora seja uma boa alternativa para não ficar presa ao relógio biológico, isto é, ter um prazo para engravidar, a técnica de congelamento exige um passo a passo cuidadoso, além de um bom acompanhamento médico. “Hoje a quantidade de mulheres que congelam óvulos ainda é muito pequena, e nós precisamos melhorar esse cenário, tendo em vista que as chances de gravidez de forma natural, caem ao longo dos anos, e uma mulher com 40 anos, ao longo de um ano possui 20% de chances de engravidar naturalmente, antes dos 35, idade ideal para o congelamento, 85% das mulheres conseguem a gestação de forma natural”, argumenta a especialista.

Mas, afinal, como é feito o congelamento de óvulos? De acordo com a Dra. Larissa Matsumoto, o procedimento é feito em algumas etapas:

  1. Estimulação

O primeiro passo para realizar o procedimento é procurar uma boa clínica de reprodução assistida onde, inicialmente, os especialistas vão solicitar exames para avaliar a reserva ovariana e planejar o número de óvulos a serem congelados, para que ofereçam chances de gestação no futuro. Depois, é feito um estímulo para que estes óvulos se tornem maduros. O estímulo ovariano, com medicações possibilitará a captação do número de óvulos que o ovário tenha naquele mês, avaliado pela reserva ovariana. Isso porque, normalmente, o organismo disponibiliza um lote de folículos por mês, mas o ovário só consegue amadurecer um óvulo por ciclo menstrual. A estimulação ovariana potencializa esse processo.

Nessa fase são aplicadas injeções hormonais de gonadotrofina na barriga por cerca de dez dias para estimular o crescimento dos folículos ovarianos, onde estão “guardados” os óvulos. A dosagem varia de acordo com a necessidade de cada paciente.

Esse procedimento pode ter efeitos colaterais como dores de cabeça, inchaço abdominal, alterações de humor, entre outros sintomas. Mas durante todo esse processo, que dura entre uma e duas semanas, a evolução da paciente é acompanhada através de ultrassonografias, até a definição da coleta dos óvulos.

  1. Coleta

Após a estimulação, é hora de marcar o dia da coleta, que dura em média de 15 a 30 minutos, e ocorre com a paciente anestesiada. Lembrando que algumas mulheres não sentem nenhum desconforto após a coleta, enquanto outras podem ter cólicas por um ou dois dias. O procedimento é rápido, e de baixo risco.

  1. Congelamento

Já no laboratório, cerca de duas horas após a coleta, os óvulos são avaliados, e apenas os maduros e saudáveis seguem para um processo de congelamento.

Durante essa fase, os óvulos são tratados com substâncias crioprotetoras e imersos em nitrogênio líquido a 196ºC negativos, processo conhecido como vitrificação. Isso é o que os protege e diminui a quantidade de líquido em seu interior, evitando a formação de cristais (responsáveis por danificá-los).

Por fim, eles são congelados em paletas identificadas e armazenadas em tanques por prazo indeterminado, ou seja, podem ser usados quando a paciente desejar. No entanto, vale dizer, o Conselho Federal de Medicina (CFM) orienta que a fertilização in vitro seja realizada até os 50 anos, pois, a partir dessa idade, há um aumento expressivo de complicações durante a gestação.

  1. Descongelamento e fertilização

Quando a mulher decide que chegou a hora de engravidar basta procurar a clínica para dar andamento no procedimento, isto é, retirar os óvulos do nitrogênio líquido para serem fecundados junto ao espermatozóide do parceiro (ou de um doador anônimo), através da fertilização in vitro (FIV).

Depois, os embriões escolhidos são implantados no útero. “Não é 100% de certeza que a paciente vai conseguir engravidar, por isso, o ideal é congelar no mínimo 15 óvulos, para uma mulher de até 35 anos, e calculado de acordo com a idade, caso esta mulher deseje realizar o processo mais tardiamente, isso para que as chances de gravidez sejam altas”, conclui a especialista.

novembro 22, 2023 por Sorella Contente 0 Comentários

Você sabe o que são os “Graus de autismo” e qual o significado de cada um deles?

Critérios de manuais diagnósticos definem níveis de suporte; especialista explica mais sobre o assunto

 

Durante o processo de diagnóstico de muitas famílias, há o momento em que estão investigando ou efetivamente descobrem que um dos membros apresenta um grau de autismo leve, moderado ou severo. Apesar de bastante utilizado, o termo “grau” é uma maneira de simplificar. A forma mais adequada é dizer que pessoas no espectro do autismo apresentam diferentes níveis de suporte, de acordo com os critérios definidos por manuais diagnósticos.

 

Ao longo dos anos, documentos como o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), da Associação Americana de Psiquiatria, e o CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) passaram por diversas alterações, incluindo as palavras e termos usados para diagnosticar uma pessoa autista. Hoje, o diagnóstico de autismo é traçado conforme o nível de gravidade – ou de necessidade de suporte – que cada indivíduo demanda. São eles:

 

  • Nível 1: necessidade de pouco apoio
  • Nível 2: necessidade moderada de apoio
  • Nível 3: muita necessidade de apoio substancial

 

“Para diagnosticar uma pessoa com qualquer distúrbio ou transtorno, precisamos ter certos critérios estabelecidos. Para que a gente precisa de um critério diagnóstico? Por muitos aspectos, a comunicação entre as diferentes áreas é o primeiro deles. Então, quando eu falo para uma fonoaudióloga que eu tenho um paciente autista, ela vai ter a mesma definição do autismo que eu, que sou psicóloga, ou do médico, do psiquiatra, e assim em diante”, explica Lívia Bomfim, psicóloga especialista em Análise do Comportamento Aplicada ao autismo e supervisora ABA da healthtech Genial Care.

Graus de autismo ou níveis de suporte: o que significa?

“Terminologias como “autista leve, autista moderado e autista severo”, embora hoje tenham caído em desuso e sejam questionadas e criticadas por muitos especialistas em TEA e ativistas da causa do autismo, ainda acabam sendo bastante usados”, ressalta a psicóloga. Eles podem ser descritos como segue:

 

Nível 1 (autismo leve): as interações sociais podem ser desafiadoras, pois as pessoas com essa condição podem ter dificuldade em iniciar conversas ou demonstrar interesse pelos outros. Além disso, comportamentos inflexíveis podem dificultar a realização de tarefas cotidianas, como seguir instruções ou alternar entre atividades. No entanto, a linguagem funcional geralmente é preservada.

 

Nível 2 (autismo moderado): as pessoas apresentam dificuldades significativas na comunicação e interação social. Além disso, podem apresentar comportamentos repetitivos e restritivos, que tendem a dificultar o aprendizado e a adaptação a mudanças. No critério diagnóstico, podem apresentar deficiência intelectual e linguagem funcional prejudicada.

 

Nível 3 (autismo severo): as pessoas apresentam dificuldades significativas na comunicação, que podem incluir atrasos no desenvolvimento da fala ou a ausência total da fala. Além disso, podem apresentar deficiência intelectual e ausência da linguagem funcional.

 

A psicóloga da Genial Care afirma que as determinações atuais sobre os níveis de autismo são consideradas antiquadas e erradas por parte da comunidade do autismo e da comunidade autista. Isso porque a classificação por níveis não é considerada a melhor forma de abordar a condição.

“O termo pode carregar conotações que atualmente e, felizmente, têm sido criticadas, como conotações capacitistas. Então, tem toda uma frente de ativismo dentro do mundo do autismo para quebrar essa noção de que um é “melhor” do que o outro, de que um é mais funcional do que o outro”, comenta.

Isso porque, conforme detalha a especialista, uma pessoa no espectro pode apresentar necessidade de suporte na comunicação, mas não ter déficit na parte comportamental, por exemplo. Enquanto outra pode ter a comunicação bem desenvolvida, mas apresentar comportamentos repetitivos e restritos.

“Dizer que uma pessoa é nível um, dois ou três é muito inflexível dentro das tantas variações que o autismo pode acarretar. Além da questão do capacitismo, na qual o grau um é considerado o mais ‘funcional’, no grau dois, a pessoa já é menos funcional e grau três, ela não é nem um pouco funcional e é um problema”.

Especialistas já não consideram o diagnóstico de autismo como uma barreira ou limitação. Por isso, independentemente do nível de suporte, o importante é que as famílias encarem as pessoas com autismo como seres de possibilidades. 

Os pais devem investir em terapias com práticas baseadas em evidências científicas para apoiar o desenvolvimento dos filhos, independentemente do nível de suporte necessário ou do diagnóstico. Além disso, a participação dos pais no processo e a promoção da estimulação dentro de casa são essenciais para resultados mais eficazes.

“Pessoas com autismo são seres humanos variados e fluidos. O que elas precisam de tipos de suportes diferentes dentro das diferentes habilidades que ela executam. Essa noção enrijecida e determinista de que ou é um e outro é outro, é incorreta. É uma noção importante para os pais desenvolverem”, conclui Lívia.

 

 

Genial Care
Genial Care é a maior Health Tech da América Latina especializada no cuidado e desenvolvimento de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e orientação de seus cuidadores, unindo tecnologia e embasamento científico, por meio de plataforma própria e tratamento transdisciplinar. Além disso, possui um modelo próprio de capacitação do time terapêutico, a Genial Care Academy, para garantir o rigor clínico e qualidade no tratamento de cada família. Atualmente, conta com mais de 150 colaboradores dispostos a transformar a vida das famílias que convivem com autismo no Brasil para que toda criança atinja seu máximo potencial.

outubro 12, 2023 por Sorella Contente 0 Comentários

Dia das Crianças: Entenda como as atividades físicas ajudam no desenvolvimento dos pequenos

Professor do curso de Educação Física da FSG, explica a importância dos exercícios físicos desde a infância 

Não é segredo para ninguém que praticar exercícios físicos proporciona ótimos benefícios para a saúde do ser humano, o que muitos não sabem, é que a prática deve ser iniciada ainda na infância.

Segundo o professor Rodrigo Sartori, do curso de Educação Física da FSG Centro Universitário, a estimulação cognitiva através de novas habilidades motoras na infância, pode induzir mudanças em redes funcionais especificas do sistema nervoso, quando associadas a tarefas complexas. “Portanto, aprender um esporte, luta, dança, andar de bicicleta, patins, ou aprender alguma atividade esportiva que ainda não foi realizada, é um mecanismo de adaptação que pode contribuir no desenvolvimento das crianças”.

“Estudos sobre os benefícios de realizar exercícios físicos tem mostrado que esta prática melhora e protege a função cerebral, sugerindo que crianças fisicamente ativas apresentam menor risco de serem acometidas por desordens mentais, além de apresentarem melhor desempenho em algumas funções cognitivas”, explica Rodrigo.

“No atual momento em que estamos vivendo, torna-se crucial estimular as crianças a se movimentarem, especialmente diante dos desafios impostos pelo avanço da tecnologia. É cada vez mais comum encontrarmos crianças hipnotizadas pelos seus celulares e tablets, e realizando pouca atividade física”.

Rodrigo Sartori ressalta que são muitos os benefícios da prática de exercícios físicos. “Entres eles, está o controle do peso adequado e a diminuição do risco de obesidade. Para ajudar nesse processo, é recomendado um plano de atividades físicas elaborado com base nas necessidades e características de cada criança, auxiliado com um programa de alimentação saudável e sobretudo com a participação da família e de toda a rede social em que a criança participa ativamente”.

O docente aponta que para crianças e jovens entre 6 e 17 anos, a recomendação, segundo o Guia de Atividade Física para a População Brasileira (BRASIL, 2021), é praticar 60 minutos ou mais de atividade física por dia, dando preferência para aquelas de intensidade moderada. Além disso, devem ser realizadas pelo menos 3 dias na semana, atividades de fortalecimento dos músculos e ossos, como saltar, puxar, empurrar ou praticar esportes.

“Realizar exercícios físicos na escola, ajuda nos processos de aprendizagem e em uma série de aspectos do desenvolvimento infantil. Especificamente, percebemos que existe uma relação entre o desempenho das habilidades motoras e funções cognitivas (de aquisição de conhecimento) importantes para o sucesso dos alunos na escola. Por exemplo, para crianças menores, como na Educação Infantil, as habilidades motoras finas, como recortar, brincar de bolinha de gude ou com massinhas de modelar, estão relacionadas positivamente com a escrita do nome, com as formas de expressão escrita e com a matemática. Tais atividades motoras podem fornecer às crianças oportunidade de praticar o mapeamento daquilo que veem para utilizar em ações como desenhar letras com marcadores, adaptar os movimentos ao giz de cera ou lápis, desenvolver a capacidade de contar objetos ou mesmo na habilidade de selecionar objetos em um conjunto”.

Quanto ao papel dos educadores físicos, Rodrigo comenta que deve ser promovido o desenvolvimento de habilidades motoras, atitudes, valores e conhecimentos, procurando levar as crianças a uma participação ativa e voluntária em atividades físicas e esportivas ao longo de suas vidas. “A atuação do educador físico é um caminho privilegiado de educação, pelas suas possibilidades de desenvolver a dimensão motora e afetiva de crianças e adolescentes, conjuntamente com os domínios cognitivos e sociais, e por tratar de um dos mais preciosos recursos humanos, que é o corpo”, comenta.

Por fim, o professor do curso de Educação Física da FSG, explica que um dos pontos mais importante que as ciências do movimento vêm explicando, é que a prática de atividades físicas e aprendizado de habilidades motoras impacta não apenas nas questões físicas, como aqueles benefícios relacionados ao combate de doenças como diabetes, hipertensão e o próprio controle da obesidade, mas também no desenvolvimento das habilidades sociais e cognitivas.

Sobre a FSG – A FSG é o Centro Universitário da Serra Gaúcha. Reconhecida há mais de 20 anos pelo seu protagonismo no desenvolvimento de propostas educacionais instigadoras, é referência no cenário da educação superior. Oferece centenas de cursos de Graduação, Pós-graduação e Extensão presenciais e a distância. A Instituição integra o grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados Visite: www.fsg.edu.bre conheça o Nosso Jeito de Ensinar.  

agosto 8, 2023 por Sorella Contente 0 Comentários

TDAH em crianças: saiba como reconhecer

Especialista explica alguns sinais que podem ser observados nas crianças

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica que afeta a capacidade de uma pessoa de controlar seu comportamento e prestar atenção. Embora o TDAH seja frequentemente associado a crianças, ele também pode persistir na adolescência e na vida adulta.

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), mais de 5% das crianças têm Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) no país. Também é possível que crianças sejam diagnosticadas com dois distúrbios ao mesmo tempo. Pesquisas indicam que entre 30% e 50% de pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) também apresentam TDAH. 

Carol Borgerth, mãe atípica, conta como foi para descobrir o diagnóstico do filho: “Receber o laudo do meu filho foi um divisor de águas. Visto que, desde quando ele tinha meses de vida, já havíamos notado alguns comportamentos diferentes nele. Mas foi com 2 anos que ele foi diagnosticado com TEA e começamos as intervenções. Porém, além de todos os sinais e laudo fechado de autismo, ainda tinham comportamentos que apresentavam sinais de outro transtorno, como falta de atenção, agitação extrema, falta de concentração e dificuldade de realizar as tarefas escolares. Então após 2 anos de acompanhamento e terapias, o laudo dele foi atualizado para TEA 1 de suporte + TDAH. O Thomás hoje está com 4 anos, e sempre enfatizo a importância das intervenções e tratamentos terapêuticos. É através deles que estamos conseguindo obter resultados muito significativos”, relata. 

O TDAH é caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Crianças com TDAH podem ter dificuldade de prestar atenção em tarefas, seguir instruções, controlar impulsos e manter-se organizadas, afetando muitas vezes o desempenho acadêmico e as relações interpessoais delas. 

A Psicóloga Talita Padovan explica alguns sinais que podem ser observados nas crianças com TDAH: “É possível notar certa dificuldade de concentração e desatenção em seus deveres, até mesmo assistir a um filme com calma é um desafio. Esse conjunto de sinais fica bem evidente nas crianças pré-escolares, entre 3 e 6 anos, época em que normalmente já é possível fazer o diagnóstico”, alerta. 

Crianças diagnosticadas com TDAH costumam ser mais agitadas, ter mais dificuldade de concentração e são mais enérgicas do que a média, explica a especialista. “Infelizmente, essas crianças muitas vezes são vistas como crianças ‘preguiçosas, bagunceiras, sem educação’, quando na verdade são ‘criativas, intensas e curiosas”. 

Embora esses sejam os comportamentos mais populares em crianças com o transtorno, o problema é ainda muito mais complexo e inclui outras características, segundo a psicóloga. “Esses comportamentos são comuns a todas as crianças, mas o problema é quando eles se tornam intensos, o que gera comprometimento no desenvolvimento infantil”, alerta Talita Padovan. 

Entenda como funciona a versão adaptada da Terapia Comportamental Dialética (DBT), chamada DBT for Children.

A DBT-C é uma abordagem terapêutica focada para crianças – com o objetivo de ajudá-las a lidar com emoções intensas, desenvolver habilidades de regulação emocional e melhorar o relacionamento interpessoal. A Terapia é baseada em evidências que combinam técnicas cognitivo-comportamentais com práticas de atenção plena, com o intuito de aliviar os problemas atuais, bem como reduzir o risco de psicopatologia associada no futuro, visando tanto o relacionamento com o meio ambiente quanto o relacionamento consigo mesmo (uma adição importante ao modelo DBT padrão).

A DBT-C instrui os pais sobre como criar um ambiente pronto para validação e mudança, além de prepará-los para tornarem-se treinadores de seus filhos, promovendo respostas adaptativas durante o tratamento e após o término da terapia. E mais: ensina, para pais e filhos, habilidades eficazes de enfrentamento e resolução de problemas, identificando as funções de suas respostas e os significados que atribuem aos eventos, além de fornecer intervenções específicas para diminuir as vulnerabilidades nos sentidos centrais de amor próprio, segurança e pertencimento. Porém, ainda não há psicólogos e profissionais especializados neste novo tratamento no Brasil. 

Especialização na área

Com o objetivo de difundir a DBT-C, a psicóloga Talita Padovan trará para o país, em março de 2024, um treinamento internacional para psicólogos e médicos. “Durante o treinamento, os participantes aprenderão os princípios fundamentais da DBT para crianças, que incluem a criação de um ambiente seguro e acolhedor, o ensino de habilidades de mindfulness e a promoção da autorregulação emocional. Além disso, os participantes também aprenderão técnicas específicas de DBT para ajudar as crianças a desenvolver habilidades de tolerância ao estresse, comunicação eficaz, resolução de problemas e tomada de decisões”, salienta a profissional. 

A palestra será ministrada pela psicóloga que desenvolveu a DBT-C – Francheska Pereplecthicova. Com a terapia, comprovadamente eficaz, as crianças aprendem a lidar com emoções intensas, desenvolvem habilidades de regulação emocional e melhoram o relacionamento interpessoal. O treinamento acontecerá nos dias 9,10, 16 e 17 de março, e será voltado para psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e outros profissionais de saúde mental que trabalham com crianças. “É uma oportunidade única de aprimorar habilidades terapêuticas e expandir conhecimentos”, finaliza Talita Padovan.