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Quando nasce uma mãe, pode nascer também uma empreendedora

por Sorella Contente
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A cada bebê que nasce, nasce também uma nova mulher — e, em muitos casos, uma nova empreendedora

O Brasil é o 7º país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo, segundo o Global Entrepreneurship Monitor. Entre elas, uma parte significativa decide empreender depois da maternidade. Um estudo da Rede Mulher Empreendedora (RME) aponta que 75% das mães empreendedoras iniciaram seus negócios após o nascimento dos filhos. Os motivos variam: necessidade de renda, busca por flexibilidade, propósito ou o desejo de estar mais presente na vida dos filhos.

Foi esse o caminho trilhado por Denise Loureiro, arquiteta de formação, que, ao se tornar mãe, percebeu que suas prioridades e formas de ver o mundo haviam mudado. “A maternidade não me fez desacelerar, mas me fez querer redirecionar. Eu queria estar mais próxima, mas também construir algo com propósito. O desejo de investir já existia, foi aí que transformei um desafio pessoal em uma solução coletiva”, conta Denise.

Da vivência com o filho Theo e da inquietação diante dos excessos nas festas infantis, nasceu a ideia que se transformaria na Badalou — uma plataforma que propõe uma nova forma de celebrar aniversários infantis, com consumo consciente, personalização e praticidade.

A Badalou é parte de um movimento maior: o das mães que, ao perceberem lacunas no mercado — sobretudo nas áreas ligadas à infância, educação, alimentação e cuidado — criam soluções a partir da própria experiência. Esse fenômeno já é estudado por incubadoras e programas de inovação, como a B2Mamy, que inclusive premiou a Badalou com o terceiro lugar em uma de suas edições do programa “Pulse”, voltado exclusivamente para negócios fundados por mães.

O empreendedorismo materno, no entanto, vai além de abrir um CNPJ. É também sobre criar novos modelos de trabalho, desafiar estruturas engessadas e oferecer serviços e produtos que carregam afeto, escuta e inteligência emocional. “A Badalou é uma empresa, sim, mas também é um reflexo da mãe que me tornei. Ela nasceu do desejo de ensinar valores para o meu filho e de criar algo que também fizesse sentido para outras famílias”, diz Denise.

No Brasil, estima-se que mais de 30 milhões de mulheres são mães e também chefes de família, e muitas veem no empreendedorismo a única ou melhor forma de conciliar maternidade com realização profissional. Mas o caminho ainda é repleto de desafios: ausência de políticas públicas de apoio, carga mental elevada e desigualdade no acesso a crédito são só alguns deles.

Mesmo assim, histórias como a de Denise mostram que, quando mães empreendem, elas não apenas transformam suas realidades — elas também criam produtos, serviços e comunidades mais humanas, eficientes e empáticas.

Sobre a Badalou:
A Badalou é uma empresa pioneira no mercado de festas infantis e eventos. Fundada em 2022 pela arquiteta Denise Loureiro, a Badalou inovou ao apresentar ao público a primeira lista de presentes de aniversário virtuais que pode ser convertida em dinheiro. Baseada na experiência de Denise como mãe, que desejava ensinar ao filho Theo questões sobre consumo consciente e sustentabilidade, criou uma plataforma que oferece uma experiência completa para pais, crianças e convidados. A iniciativa de criar a Badalou deu tão certo que a empresa ficou em terceiro lugar em uma das edições do programa “Pulse”, idealizado pela incubadora de empresas fundadas por mães empreendedoras, B2Mamy. Através do site www.badalou.com.br os pais criam ambientes online personalizados para a festa da criança e usufruem de serviços como convite personalizado com o nome da criança e tema da festa, confirmação de presença, mural de fotos e recados – que podem ser impressos posteriormente – e, claro, a lista de presentes virtuais, que é convertida em dinheiro e repassada para a conta bancária do responsável em até 3 dias úteis.

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